Autor de 74 livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia.

Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue (Rocco). Em 1982, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o Prêmio Juca Pato por sua obra Fidel e a religião. Seu livro A noite em que Jesus nasceu (Editora Vozes) ganhou o prêmio de “Melhor Obra Infanto-Juvenil” de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra Típicos Tipos – perfis literários (Editora A Girafa). Em 2011, seu romance policial Hotel Brasil (Rocco) ficou entre as dez obras finalistas do Prêmio Jabuti, no quinto lugar. Em 2012, seu romance Minas do Ouro (Rocco) ficou entre os finalistas do Prêmio Portugal Telecom.

Ainda na área cultural, Frei Betto foi assistente de direção de José Celso Martinez Corrêa no Teatro Oficina, na primeira montagem da peça de Oswald de Andrade, “O rei da vela” e crítico de teatro do jornal Folha da Tarde (1967/1968).

Foi agraciado, em 2009, com o prêmio “ALBA de Las Letras” em reconhecimento ao conjunto de sua obra literária. A premiação é concedida pela Fundação Cultural da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) a personalidades que consagram sua vida e obra à valorização do patrimônio cultural da América Latina e Caribe com criações originais de todos os gêneros literários.

Em 2016, o Conselho Universitário da Universidad Nacional da Costa Rica outorgou a Frei Betto a “Medalla Universidad Nacional”, “em reconhecimento por seu legado que tanto tem influenciado a arte, a educação e outras formas de expressão e pensamento da humanidade, principalmente na América Latina, além de propagar uma cultura de paz e respeito à terra e à vida humana.”

Assessoria a movimentos populares

Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero.

É assessor de movimentos pastorais e sociais, membro do Conselho Mundial do Projeto José Martí de Solidariedade Internacional e desde 2019 assessora o Plano de Segurança Alimentar e Educação Nutricional de Cuba, implementado pela FAO.

Colabora com vários jornais, revistas, sites e blogs, no Brasil e no exterior. Participa ativamente da vida política do Brasil nos últimos 60 anos.

Prêmios por seu trabalho em favor dos Direitos Humanos

Em 1987, recebeu o prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky, em Viena. Em outubro de 1990, ganhou o prêmio “Dom Oscar Romero” da Fundação Georg Fritze, concedido por Igrejas protestantes da Alemanha. Destinou-o à Comissão Pró-Central dos Movimentos Populares. Integrou, por cinco anos (1991-1996), o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos.

Em 1992, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) compartilhou com Frei Betto o prêmio “The Right Livelihood”, conhecido como Prêmio Nobel Alternativo, por sua contribuição à luta por reforma agrária e à construção do MST. Em 20/12/1996, recebeu o “Troféu Sucesso Mineiro”, da Prefeitura de Belo Horizonte, dentro das comemorações do centenário da cidade.

Na Itália, foi a primeira personalidade brasileira a receber o prêmio “Paolo E. Borsellino” por seu trabalho em prol dos Direitos Humanos, concedido em maio de 1998. No mesmo ano, foi homenageado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro com o “Prêmio CREA/RJ de Meio Ambiente”, e ganhou a “Medalha Chico Mendes de Resistência”, concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro por sua luta em prol dos direitos humanos.

Prêmio Jabuti, ano 2000, pela obra coletiva “Mysterium Creationes – Um olhar interdisciplinar sobre o Universo”. No mesmo ano, recebeu do governo de Cuba a “Medalha da Solidariedade” e dos Conselhos de Psicologia do Brasil o “Troféu Paulo Freire de Compromisso Social/2000”. Recebeu, em 2004, a “Ordem do Mérito Ministério Público do Distrito Federal e Territórios”.

Em maio de 2005, numa iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e jornal Folha Dirigida foi eleito, por voto direto e secreto de um colégio eleitoral de 2.500 pessoas, uma das 13 “Personalidades Cidadania 2005”. Em março de 2006 recebeu, por deliberação unânime da Diretoria Executiva do Instituto Brasileiro de Municipalismo, Cidadania e Gestão (Instituto Cidadão), a “Medalha do Mérito Dom Helder Câmara”, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Nação, na preservação e fiscalização da gestão pública moral e legal. Em agosto de 2007 recebeu a “Medalha Tiradentes”, homenagem prestada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em outubro do mesmo ano foi agraciado com o título de “Cidadão Honorário de Brasília”.

Em maio de 2008, recebeu em Tarragona, na Espanha, o “Prêmio Ones – Reconocimiento Internacional Foca Mediterrània”, por sua trajetória e ações em prol do meio ambiente e da solidariedade internacional.

Recebeu, em dezembro de 2009, a “Comenda Irmãos em Pátria”, concedida pela Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro, por seu empenho em favor da luta dos trabalhadores no Brasil e no exterior. Em fevereiro de 2010, ganhou o prêmio “La utilidad de la virtude”, concedido pela Sociedad Cultural José Martí, de Cuba. Em dezembro de 2011, em voto popular, ganhou a primeira edição do “Prêmio CUT – Democracia e Liberdade Sempre, Destaque na Luta por Democracia, Cidadania e Direitos Humanos”.

Um ano depois, em dezembro de 2012, Frei Betto foi agraciado com o “Prêmio Internacional UNESCO José Martí”. Seu nome foi aprovado por unanimidade. Em 2013, por sua contribuição para o fortalecimento da cidadania e do desenvolvimento social, recebeu mais uma vez o prêmio “Personalidade Cidadania”, concedido pela Academia Brasileira de Filosofia, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o jornal Folha Dirigida, tendo sido eleito, juntamente com outras nove pessoas, por 5.498 de eleitores. No ano seguinte, 2014, recebeu da Câmara dos Deputados a “Medalha do Mérito Legislativo”, pelos “relevantes serviços prestados ao Poder Legislativo”. Também em 2014 foi a primeira personalidade a ganhar o “Prêmio Dom Paulo Evaristo Arns”, criado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo, por sua longa trajetória de vida em prol dos Direitos Humanos. Seu nome foi escolhido por unanimidade.

Em 2015, ganhou o “Troféu Chico Xavier” por seu trabalho em prol da paz e da justiça social, e a “Medalha Darcy Ribeiro”, concedida pela Associação dos Economistas de Minas Gerais e Mercado Comum-Comunicação e Publicações Ltda. por destacar-se nas áreas de Educação e Cultura. É membro do Conselho Mundial do Projeto José Martí de Solidariedade Internacional.

Em 24 de março de 2017, recebeu das mãos do presidente do Equador, Rafael Correa Delgado, a “Medalha da Ordem Nacional do Mérito, no Grau de Oficial”, por sua destacada luta em defesa dos Direitos Humanos, trajetória que o tornou referência na história contemporânea da América Latina. No mesmo ano, recebeu do Centro de Estudios del Ideal Latinoamericano.S.C., em Monterrey (México), o “Prêmio Reconocimiento” por sua colaboração nas Conferências Internacionais da Alma-Alternativa Martiana para Nuestra América-Plataforma Histórico Cultural Nuevo Pensamiento del Siglo XXI.

Em outubro de 2020, a Associação Cubana de Comunicadores Sociais agraciou Frei Betto com o “Prêmio Espacio na Categoria Personalidad Internacional” por seu exemplo de “Ética, Profissionalismo e Compromisso”.

Em setembro de 2021 recebeu o “Prêmio Dois Paulos” (Dom Paulo Evaristo Arns e o educador Paulo Freire) pelo trabalho realizado pelo Diálogo Inter-religioso.